- Plante o pé no chão e gire-o, deixando que o poder caminhe pela perna acima;
- Lance o poder para cima à altura dos joelhos;
- Esteja preparado para fazer com que o poder se mova livremente em qualquer direção na altura dos quadris;
- Impulsione o poder para cima pelas costas;
- Deixe que o poder penetre até o ponto coronário, no topo da cabeça;
- A partir do topo da cabeça, funda o poder com seu Ch’i e faça-o circular pelo corpo inteiro;
- Conduza o poder até as palmas das mãos;
- Faça-o chegar as pontas dos dedos;
- Condense o poder na medula óssea pelo corpo inteiro;
- Funda o poder ao espírito, fazendo dos dois um só;
- Ouça com a mente no ouvido, como se estivesse fazendo um leve trabalho de condensação;
- Concentre-se na região do nariz;
- Respire o ar até os pulmões;
- Controle a boca, regulando cuidadosamente a respiração;
- Espalhe o poder pelo corpo inteiro;
- Leve o poder até as pontas dos pelos do corpo.
segunda-feira, 9 de dezembro de 2013
As dezesseis etapas da transferência do poder
segunda-feira, 2 de dezembro de 2013
As oito verdades do T’ai Chi
- Não te preocupes com a forma. Não te preocupes com os modos pelos quais a forma se manifesta. O melhor é esquecer a tua própria existência;
- Teu corpo inteiro deve ser transparente e vazio. Deixa que o interior e o exterior se fundam e tornem-se um só;
- Aprenda a ignorar os objetos externos. Segue o caminho natural. Deixa-te guiar pela tua mente e age espontaneamente, de acordo com o momento;
- O Sol se põe na montanha ocidental. O penhasco se projeta para frente, suspenso no espaço. Contempla o oceano em sua vastidão e o céu em sua grandeza;
- Deves refinar o teu espírito, cultivando o positivo e o negativo;
- Tua mente deve ser como a água, plácida e imóvel, e teu espírito como a fonte clara como o mais fino cristal;
- Rugem as águas do rio; fervilha o tempestuoso oceano. Faz com que o teu Ch’i se assemelhe a essas maravilhas da natureza;
- Busca sinceramente a perfeição. Dá um fundamento à tua vida. Quando tiveres estabelecido o espírito, poderás cultivar o Ch’i.
sexta-feira, 29 de novembro de 2013
O Santuário Aiki, em Iwama
“(...) Vendo a prosperidade alcançada
pelo Aikidō, não posso deixar de pensar nas decisões tomadas pelo Fundador
durante os anos da guerra e imediatamente depois. Se, em vez de retirar-se para
Iwama, mestre Ueshiba tivesse deixado que o Kōbukan Aiki-Budō fosse engolido
pela fusão das artes marciais durante a guerra, a história do Aikidō poderia
ter terminado naquele tempo. Ambos os nomes, o de mestre Ueshiba e do Aikidō, e
seu breve mas glorioso capítulo no Budō nos anos anteriores à guerra, poderiam
ter sido relegados aos livros de história e, com o tempo, convertido apenas em
lendas obscuras nos anais das artes marciais.
A
reputação e o sucesso atuais do Aikidō se devem à decisão do Fundador de
dedicar-se à busca espiritual da essência das artes marciais naquela distante
região de Iwama. Mestre Ueshiba demonstrou com o seu exemplo que o sucesso do
Aikidō não é medido pelo número de seguidores, mas pela profundidade e
intensidade de busca pessoal da verdade através do treinamento e da prática.
Esse, creio eu, é o motivo principal para que o Aikidō seja o que é hoje.
O
ditado zen “Refletir sobre nossos passos” nos aconselha sempre a verificar se
nossos pés estão em terra firme. Como praticantes do Aikidō, devemos sempre
“refletir sobre nossos passos”, mesmo que prossigamos com grande idealismo e
paixão pela verdade.
Não
há nada mais desejável do que o crescimento e a expansão, mas se nossos olhos
são atraídos apenas por eventos superficiais e perdemos a visão da essência do
Caminho do Aikidō, então – do mesmo modo que um pião perde seu momento
cinético, seu equilíbrio, e cedo ou tarde cai – nosso Caminho perderá sua
vitalidade, dividir-se-á e finalmente se desintegrará. Quando penso nos anos
que o Fundador passou em Iwama refletindo sobre si mesmo, novamente me lembro
da minha tarefa essencial.”
O espírito do Aikidō. Kisshōmaru
Ueshiba. São Paulo: Ed. Cultrix, 1984. Pg 133 – 134.
quarta-feira, 27 de novembro de 2013
"(...) O caminho da harmonia não é suave. (....)" Shinjutsu: verdade
“(...) O universo é novo a cada
dia. A cada dia há ressurreição no mundo quando o sol se levanta, se põe e
novamente se levanta. As energias dinâmicas da vida nunca permanecem as mesmas.
As organizações devem ter esse mesmo frescor; não devem apenas expandir-se, mas
expandir-se e contrair-se. Devem dedicar-se ao “agora” sem esquecer da essência
do passado. Por favor, acatem esta advertência, porque grande é a nossa
responsabilidade no Aikidô. Ô Sensei quis um mundo constituído verdadeiramente
por uma só família, sem ódios, sem preconceitos. Através do Aikidô, podemos
criar um exemplo com as nossas ações. Se permitirmos que as lutas políticas e
pelo poder nos controlem, o espírito de Ô Sensei será agredido. As portas que
ele abriu serão fechadas pelo medo, pelo egoísmo, pela lealdade obtusa.
A
fraqueza avança às cegas. Ela precisa do apego à lealdade, certa ou errada,
pois teme a liberdade do vazio. Teme a responsabilidade. Se você se apega egoisticamente
à honestidade, não pode ser livre. Se agarra a honestidade com o punho cerrado,
os nós dos dedos lívidos pelo esforço, não consegue estender amistosamente a
mão a outro. Certa vez Ô Sensei me disse: “Você precisa aprender a liberdade da
ausência de desejos. Se você tenta agarrar a água ou ar, a essência escapa. Se
quer beber, deve curvar ligeiramente a mão em concha. Se quer respirar, deve
primeiro abrir a boca para expelir o ar anterior. Se eu lhe der ouro e você o
agarrar com toda a força, com medo que ele escape, não conseguirá tocar o diamante
que eu posso lhe oferecer.”
Os
diversos discípulos entendem os ensinamentos do mestre de formas diferentes, tendo
cada qual a sua explicação. Pessoa alguma pode apresentar a resposta completa.
Por isso, o estudante de arte, filosofia, ciência ou Budô precisa de um único
mestre como guia, como ponto de referência; mas precisa também do estímulo de
outras explicações, outros pontos de vista. Não devem existir obstáculos que o
estudante não possa saltar. Ele deve lealdade ao mestre, mas uma lealdade
originada da liberdade de escolha. A função mais importante dos alunos pessoais
de Ô Sensei é a transmissão de seus ensinamentos, não a tarefa de desenvolver
organizações. O estudo do Aikidô é o treinamento na filosofia e no espírito por
meio da ação. A técnica não é apenas técnica, mas a manifestação física do
conceito e da compreensão da arte. Se houver dissonância entre técnica e
filosofia, de um lado, e relações humanas na vida diária, de outro, o Caminho
não é verdadeiro. A qualidade mais importante de um líder é o vazio, a
qualidade do não-ego. Temos de estudar em profundidade, dar corpo ao espírito
do samurai e reforçar o controle, não sobre os outros, mas sobre nós mesmos. (...)”
Mitsugi Saotome. Aikidô e a Harmonia da Natureza. 1993. Editora Pensamento. Pg.
189-190.
segunda-feira, 25 de novembro de 2013
As cinco virtudes do T’ai Chi
- Teu estudo deve ser amplo e diversificado. Não imponhas limites a ti mesmo. Este princípio pode ser comparado à tua postura de base, que se move facilmente para muitas e diversas direções;
- Examina e questiona. Pergunta-te como e por que o T’ai Chi funciona. Este princípio pode ser comparado à tua sensibilidade, que é receptiva àquilo que os outros ignoram;
- Sê meticuloso e cuidadoso no teu pensar. Usa tua mente para descobrir a compreensão correta. Este princípio pode ser comparado ao réu poder de concentração;
- Examina tudo com clareza. Distingue claramente os conceitos e decide sobre o correto curso da ação. Este princípio pode ser comparado ao movimento contínuo do T’ai Chi;
- Pratica com sinceridade. Este princípio pode ser comparado ao céu e à terra, ao eterno.
segunda-feira, 18 de novembro de 2013
Os quatro procedimentos secretos da transferência do poder
- Puxe para cima e empreste a força do seu oponente;
- Mental e fisicamente, atraia e conduza para você o seu oponente e acumule o seu poder interno;
- Relaxe completamente todo o seu organismo físico;
- Transfira o poder como se estivesse atirando uma flecha a partir dos quadris e dos pés.
segunda-feira, 11 de novembro de 2013
Fórmulas secretas dos quatro caracteres (de Wu Yuxiang)
Fu (espalhar): significa fazermos circular o sopro pelo nosso próprio corpo e espalha-lo sobre a energia do adversário, a fim de que ele não possa se mover.
Gai (cobrir): significa cobrir com o sopro o lugar para onde vem o adversário.
Dui (opor): significa opor-se com o sopro ao lugar para onde vem o adversário e conhecer precisamente a finalidade que deve ser atingida.
Dun (engolir): significa absorver inteiramente com o próprio sopro a energia do adversário, faze-la penetrar em nós e transforma-la.
O que é designado por esses caracteres não tem forma nem som. Aquele que não compreendeu o significado da energia e não a afinou até tirar-lhe a quintessência não pode conhecer o segredo dos quatro caracteres. Tudo reside unicamente no sopro. Só aquele que alimentá-lo pela retidão e não o deteriorar pode distribuí-lo pelos quatro membros, e é inútil explicar-me melhor a esse respeito.
Gai (cobrir): significa cobrir com o sopro o lugar para onde vem o adversário.
Dui (opor): significa opor-se com o sopro ao lugar para onde vem o adversário e conhecer precisamente a finalidade que deve ser atingida.
Dun (engolir): significa absorver inteiramente com o próprio sopro a energia do adversário, faze-la penetrar em nós e transforma-la.
O que é designado por esses caracteres não tem forma nem som. Aquele que não compreendeu o significado da energia e não a afinou até tirar-lhe a quintessência não pode conhecer o segredo dos quatro caracteres. Tudo reside unicamente no sopro. Só aquele que alimentá-lo pela retidão e não o deteriorar pode distribuí-lo pelos quatro membros, e é inútil explicar-me melhor a esse respeito.
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